sábado, julho 20, 2013

Uma carta para mim.


Nada pode ser mais sincero 
Do que respeitar antes 
o seu próprio pensamento.

Que, não obriga, dispõe. 
Que não culpa, alerta. 
Que não define, possibilita. 
Que não responsabiliza, conscientiza. 

Aspectos e percepções inteligíveis. 

Contentando-me com o meu tamanho 
Sabendo exatamente o espaço 
que ocupo em mim.


Pouco antes de morrer me pus a escrever.  Faltava lá, ao menos uns vinte anos para isso acontecer. Ao menos alegrava o sentimento e consolava dizendo sobre a in ou 
à suficiência do tempo. 

Desde então algum tempo se passou, feliz por saber que resta-me ainda um bem vindo tempo, que seja sempre 
como esse momento.

Tempo em bom pensamento. 
Quanto menos lembranças tenho da infância mais próxima dela me sinto. 
Aqui é onde estamos, penso eu. Coisas que dizem serem cíclicas, outros divinos adeus. 

Quanto mais o tempo passa, menos pressa eu tenho, 
o que propicia a chance de atentar, percebendo o detalhe 
que diferencia á máxima desse período viver sem estar. 

As profundezas do raso que faz distanciar o simples do rebuscado. Pensar por dom do conhecimento, aquilo que alimenta a razão entre ou o sentimento que nos tira do chão, 
fazer da alma a poesia sentida e pensada, a palavra, a inspiração como sua real inspiração. 
Motivação ou desejo? Que seja antes do eu, nós. 
Beijos com a luz delicada  e/ou intensa de um lindo bom dia!! 
Escrevo como falo. Falo como penso e em ânimos ambos 
e sempre em indistintas dimensões remete a memória do que foi, na espera do que será. 

Antes só. 
Hoje!
Um sempre  que passa sempre. 

Um brinde ao eterno que sinto à esse tempo 
grato sempre 

Desenho funciona, mas pensar sobre é fundamental.
Exercício possível de ser ensinado e aprendido. 
Conseguir ser diferente do que se é realmente é um sacrifício 
que não sei ser capaz. 

Quero sair de casa compartilhar com as pessoas o melhor que tenho em mim. Quero dar a minha melhor palavra, o meu mais sincero sorriso.
Adoro dizer que gosto de gente. Que amo estar entre. 
Mas ultimamente essa sensação tem sido diferente. 
Mudou, o medo tomou conta completamente. 

A indisposição de estar entre o bom. O deboche apropriando-se do humor descaradamente. Mentir dizendo a verdade 
é falar o que aprendeu sem nunca ter sentido. 
O que entende. Amadores evoluídos. Profissionais primitivos. Contudo poderia ter uma outra impressão. 
Aquele que, se pode, se a condição lhe permite 
escolher, assina o próprio nome, em vez do que, ou o que, 
não define-se mesmo que ínfimo ou usa o que desconhece.

Hoje atentos evoluem. E mesmo assim cativando por ser 
igualmente diferente. Interpretação e direito em ser 
por ser pessoal. A mente do ser intelectual. A arte pelo tempo de pensar. Ás vezes penso...Mentira, na verdade penso e acredito que o conhecer foi o tempo vivido. 

O mistério em dizer. Eu conheço você. Houve o momento 
do tempo sentido, mas esse transformou-se, não é mais o mesmo de antes. 
Melhoras e apuramentos nas fases  de cada sentimento. 
Tem aqueles que são novos, outros que conhecemos 
de ouvido. 
No entanto tem outro que por menor que um instante, 
por seus olhos e sentidos foram percebidos. 
Que aqui mantem a memória de outrora que no contato 
do breve e intenso período.

O tempo passou. Como passou!
Lembro das  risadas, dos dias apaixonadas, 
tristes e cansados, e dos felizes principalmente 
pelos dias sentidos e sendo igual ao mesmo, repetido dia, 
dias igualmente diferentes que sempre e eternamente 
se repetem em busca de entender a perfeição de algo 
tão imperfeito, mas que seja simples em mente bom. 
Esse ser que, se franco, respeita o melhor de cada momento. 
Entre umas, outras opções. As possibilidades constantes. 
Fico feliz em saber. Que, independente  do tempo. 
Sentimento  das coisas boas. Que trás  respeito, 
amor e saudade. 
Fique a vontade..
Tentar explicar seria bobagem.  

6 comentários:

João Menéres disse...

SELENA, minha querida de há anos :

Não te visitava faz tempo de mais, eu sei e só a mim posso atribuir culpas dessa falta tão injusta para ti.

Adorei a carta, da 1ª à última linha.
Encontrei nela um estilo diferente do que me habituara a encontrar e, francamente te digo, que apreciei profundamente a tua explanação.
Uma dúvida me surgiu : Estiveste para morrer ?
NA blogosfera ou na vida real ?
Não deixes de me responde, por favor !

Um beijo deste grifo que plana por tantos locais e que não pode estar em todos ao mesmo tempo.

Li Ferreira Nhan disse...

Selena você sempre soube escrever de uma forma muito sua e única. Seu pensamento sai numa sincera avalanche. Gosto. Gosto muito muito!
Admiro quem escreve com sentimento e coragem sem correções ortográficas, sem correções pontuais e essas baboseiras todas. Soa maquiado!
E eu estou farta dessa coisa toda.
Tua carta é forte é serena é torrencial e chegou bem muito bem a mim.

Este último semestre aprendi que amigos antes de serem escolhas eles nos escolhem, selecionam a partir de objetivos.
E que a palavra amizade esta banalizada.
E que mais do que nunca "Contento-me com o meu tamanho sabendo exatamente o espaço que ocupo em mim."
Vivendo e reaprendendo.
Um beijo grande!

Selena Sartorelo disse...

Ahhhh meu amigo de tantos anos.
Como é bom receber após tempo tão distante a tua visita.
Não! Não não estive a morrer não. Respondendo nem tão precisamente e pensando diferente acho também que morremos todo tempo, não João? Coisa quem não me entristece...mas de fato remanesce em repetição..pensando mais na vida João e o sentimento ás vezes ausente e sua condição.. rsrs Saudades de responder com todo esse tempo e nem se certa mas franca inspiração.

Beijos João.


Olá Li,

Hoje meu dia foi de presentes.Elogios que trazem ensinamento...coisa de rara gente. Obrigada sempre as palavras que brotam sentindo o alcance da luz, na claridade do sol, no brilho que esse luar conduz.Feliz quando a semelhança se encontra. Beijos grandes.

Joao disse...

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Unknown disse...

Não consegui ler corrido...fui fragmentando, vendo cenas e filmes, carta para mim, para vc, para o passado, pra tudo que foi sem ter sido.... ai, vou ler de novo, ver se me concentro...

Anônimo disse...

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